A nossa memória é ativada por estímulos de fontes diversas, pode ser um perfume, um sabor e até uma sensação tátil. Mas, corriqueiramente, o que mais desperta as nossas memórias são as imagens. Os estímulos que nos vem pelos olhos com muita frequência ativam nossas redes de lembranças e iniciam um fio de recordações. Embora não sejam paupáveis, estas lembranças e recordações se constituem um dos nossos maiores patrimônios a serem legados às futuras gerações. São estes patrimônios pessoais e coletivos de memórias que constituem, em grande medida, quem fomos e quem somos. Isso acontece tanto no nível individual quanto no coletivo. As identidades coletivas são construídas na partilha de um conjunto de instâncias da vida cotidiana, entre estas se destacam as memórias comuns.

Nesta página serão abrigadas as nossas exposições virtuais. As fotografias nem sempre terão a melhor qualidade das modernas máquinas digitais, algumas foram tiradas a décadas e estão manchadas e desgastadas. Mas o objetivo é exatamente partilhar as memórias individuais transformando-as em patrimônios coletivos que ajudarão a solidificar algumas identidades locais. O conhecimento do passado da população de áreas, hoje, chamadas de periféricas proporciona um aumento da autoestima dos moradores na medida que oferece um leque de identidades que ampliam a possibilidade de pensar sobre si para além das classificações pejorativas atribuídas atualmente.

Aproveite este site para lembrar de como eram as coisas no passado, se você é jovem pergunte aos mais velhos como eram as coisas "naquele tempo". Tome ciência de duas realidades: as coisas nem sempre foram como são e o nosso tempo é formado pelas transformações que operamos sobre o legado que herdamos de nossos predecessores.